Blondie de Limão

3/17/2020
Não há muito a dizer sobre isto, adoro limão e adoro sobremesas e bolos com sabor a limão no geral, juntei os dois num só e saiu um Blondie de Limão para os lemon lovers! Trouxe do quintal da sogra uns belos limões e deu-me logo esta ideia, correu muito bem, ficou bem húmido e delicioso por isso aqui está a receita!

Focaccia à Portuguesa

10/16/2019

Hoje é o Dia Mundial do Pão, 16 de Outubro. Costuma-se dizer que o Natal é quando um homem quiser pois o Dia do pão é MESMO todos os dias.

Deixo-vos aqui um pequeno texto sobre a importância do pão para nós portugueses. Maria de Fátima Moura, autora de vários livros entre eles " O melhor peixe do mundo", acho que podemos admitir que também temos o melhor pão do mundo.

"De uma espiga de trigo ao pão, há um imenso salto conceptual, que parece ter sido dado pelos Egípcios. A partir daí, o pão tornou-se central na alimentação mas também passou a significar poder, na política e na religião: pão e circo dos romanos, brioche de Maria Antonieta na Revolução Francesa, o preço do pão tabelado para conter a fome e a ira populares ou o pão da última ceia. Para nós portugueses, «em casa sem pão todos ralham e ninguém tem razão», porque o pão não se tornou apenas um complemento, mas fez parte integrante da nossa cozinha em açordas, migas, sopas, rabanadas e outras doçarias. "

O que é o pão para mim?

Antes de vos dizer o que o pão é para mim deixo-vos mais um pequeno texto do maior especialista de pão em Portugal , o Mário Rolando.

Mário, o que é fazer pão para ti?

"Pôr pão na boca de quem tem fome (fazer pão) é ser artesão divino da humanidade."

Pão para mim, é vida, satisfação, união, felicidade, família, conforto.
Fazer pão então é uma sensação maravilhosa, começa pelo processo, junção de vários elementos num só, no deixar crescer (levedar), no alimentar, no cuidado que temos ao tocar nele, no cheiro, no cortar... pão é amor puro.
fotografia 2 - fermento Fermipan
Venho aqui com o intuito de vos mostrar que fazer pão é fácil, é maravilhoso, não é um bicho de sete cabeças.
Talvez a questão mais "assustadora" seja a levedura, fermento.
O medo do pão não crescer, o medo do falhanço faz com que não se faça pão mais vezes. 

A Fermipan tem um fermento seco que vem em saquetas que permitem conservar todas as propriedade da levedura e garantir os melhores resultados. 
Inclusive eu uso para fazer pão naquelas máquinas de pão, nunca falha.

Esta Focaccia não foi excepção, mais do que o que as fotografias dizem é impossível, mas posso-vos garantir que tudo saiu perfeito.

Ingredientes (para esta travessa tamanho médio):
- 450ml Água
- 40ml Óleo
- 20ml Azeite
- 12gr Açúcar
- 7gr Fermento Fermipan
- 700gr Farinha Trigo T55
- 8gr Sal 
fotografia 3 - dobragem da focaccia
fotografia 4 - dobragem da focaccia


fotografia 5 - "deitar" a focaccia com muito carinho
fotografia 6 - focaccia após a primeira levedação


Modo de Preparação:

1- Junto na cuba da amassadeira, a água, o óleo, o azeite, o açúcar e o fermento.
2- Mexo na velocidade mais baixa.
3- Junto a farinha aos poucos (fotografia 1) sempre na velocidade mais baixa.
4- Quando estiver tudo mais homogéneo junto o sal e bato na velocidade alta até tudo se descolar da cuba (sinal que está amassada).
5- Coloco um fio de azeite sobre uma bancada e retiro todo o conteúdo da cuba. 
6- O objectivo é trabalhar a massa com um pouco de azeite e dando lhe a forma pretendida rectangular. (eu faço assim, dobro para dentro - fotografia 3, como se fosse um pano).
7- Depois com todo o cuidado coloco na travessa (previamente forrada com papel vegetal) - fotografia 5.
8- Levo a levedar, tapada com um pano, dependendo das condições, vão vigiando a menina, mas entre 30 a 40min deve ficar como na fotografia 6. 
9- Depois de estar bem levedado, com o auxilio dos dedos faço uns buracos (fotografia 7) e decoro a gosto, eu usei azeitonas, tomate cherry, azeite, orégãos e flor de sal (cuidado com o sal mas deve ficar bem espalhado, melhora substancialmente o resultado).
10- Deixo levedar novamente até ficar como na fotografia 10 (aproximadamente 25 / 30 min, mais uma vez dependendo do ambiente, é aconselhável estar sempre a ver, e acreditem, pelo amor que vão desenvolver vão até prestar mais atenção do que necessário).
11- Levo ao forno a 190ºC durante 25 minutos, mais uma vez tudo depende do forno, mas não fugirá muito deste registo.
12- Deixo arrefecer ( ou dentro do forno) até cortar, o mais difícil de tudo quando se faz pão, ama-se o rebento mas queremos logo esquartejá-lo. Podem também, com cuidado, retirar da travessa e arrefecer numa grelha para a parte de baixo ficar crocante também.
13- Depois... meus caros, é só usar a imaginação.

VIVA O PÃO.
fotografia 7 - "esburacar" a focaccia com os dedos
fotografia 8 - focaccia esburacada


fotografia 9 - enriquecer a focaccia
fotografia 10 - focaccia após a 2º levedação e pronta para ir ao forno
fotografia 11 - focaccia após o forno
fotografia 12 - focaccia e Fermipan

Espécie de Tiramisù

10/03/2019

Adoro Tiramisù, adorava, há bastante tempo que não como, é uma sobremesa tão especifica, tão cheia de personalidade que fica difícil reproduzir veganizando. Confesso também que não consumia muitos tiramisùs porque não posso beber café à noite, sou sensivel à cafeína e não durmo ahah lamento, tinha de admitir.

Tanto que eu nem o chamo tiramisù, começando pela ausência dos palitos de la reine, com a ausência do sabor forte e suave ao mesmo tempo do mascarpone, era um desafio grande.

Gosto muito dos produtos da Violife, não é novidade nenhuma para ninguém que me segue, usei o creme Violife, optando também por não colocar natas porque gosto de mais consistência e não tanto ar (mousse) no tiramisù, é como eu disse, muita personalidade de cada um dos elementos, mas se preferirem o fofo das natas podem adicionar à receita e retirar os iogurtes.



INGREDIENTES:
1 embalagem de Queijo Creamy Violife (200gr)
200gr Iogurte Soja (sem sabor)
50ml Xarope de Acér (geleia de coco, arroz ou agave também serve)
2 colheres sopa Açúcar (amarelo ou mascavado de preferência)
40ml de Óleo de Coco derretido
1 Café
50ml de Água Morna
25ml de Baileys Vegan (ou brandy)
1 pacote de Bolacha Maria vegan 
Q.b. Cacau em pó
Q.b. raspas de Limão

MODO DE PREPARAÇÃO:

1- Numa taça larga misturo o queijo, iogurtes, xarope, acúcar e óleo coco,  raspas de limão e bato com varas tudo até ficar homogéneo.
2- Numa taça pequena misturo o café, água e o baileys.
3 -Numa travessa coloco as bolachas maria demolhadas na mistura de café durante cerca de 5 segundos para fazer uma base. 
4 - Coloco o creme por cima da base e repito o processo intercalado, bolacha e creme até acabar tudo.
5- Polvilho com o cacau em pó e levo ao frio, pelo menos, umas 3 ou 4 horas para estabilizar. É tipo feijoada também, quanto mais tempo mais saboroso fica.

Uma "Espécie de Tiramisù" que deu para matar a saudade, muito fresco e leve graças ao sabor do queijo, iogurte e limão, o xarope de ácer também lhe dá personalidade.

Parece-vos bem?
Quem vai experimentar?
O ALHO É VOSSO!

FIEL

9/11/2019

Fiel, não posso colocar um título destes para voltar a fazer um post aqui no blog, não posso.
Coisa que não tenho sido é fiel ao blog. Mea Culpa.

Mas ao mesmo tempo tenho sido, fiel à qualidade que ele representa, fiel à qualidade que eu exijo para aparecer aqui alguma coisa.
Afinal sou fiel ou não?

Sou porque sou fiel à minha pessoa, aos meus standards, e se o blog sou eu... sou fiel.

Vamos lá falar do que é que interessa.
Ser fiel, ser fiel ao que somos, ao que acreditamos, ao que idealizamos, mesmo que muitas vezes não seja possível.

Mesmo no inicio do blog eu já tinha noção do que queria fazer, para onde queria ir, com quem queria trabalhar, trabalhar com o que gostamos é TÃO melhor.
Felizmente tenho tido muito trabalho mas o blog continua a ser o meu orgulho, a minha página, a minha base...



"Como Cozinheiro que sou adoro criar, inventar pratos, junções improváveis que resultam em pratos surpreendentes e inovadores.
Mas há coisas que nunca mudam e estão-me no coração, aqueles pratos de infância que gosto de repetir frequentemente, comida de conforto que me faz feliz.
Arroz de Tomate com Peixe Frito, que actualmente substituo por Tofu, não ficando a perder em nada para o original, é um dos que me traz mais nostalgia. Lembro-me de ver o meu pai na cozinha a fazer este prato para levar o jantar à minha mãe quando trabalhava até tarde, pequenos gestos com grande significado, bons momentos em família.
Cozinhar para mim é isso, o amor e emoção que colocamos na comida. #UmaReceitaparaaVida #TekaPortugal #pub "

(TEXTO DO MEU INSTAGRAM -> AQUI)

A TEKA desafiou-me a falar a da minha história, a minha história começa na panela de pressão... a panela vai ficar sempre marcada em mim (literalmente).



Voltando ao fiel, se há coisa a que eu sou fiel, são às minhas memórias, aquelas que ainda tenho ahaha que há muitas que desaparecem, ou melhor, eu costumo dizer que as nossas memórias são tipo as pastas do computador, tens que por uma palavra chave na pasta para saberes onde está e conseguires aceder ao que essa pasta contém, não é assim?

De salientar que esta campanha da TEKA tem uma publicidade marcante, que eu fã confesso de publicidade não posso deixar que passe, todos têm de ver. Mas não é uma publicidade qualquer, é uma capaz de sensibilizar o maior coração de pedra... aviso já. 

Falo dela AQUI.

UMA RECEITA PARA A VIDA.

VÍDEO
 (carrega aqui para veres)


Representa mesmo BEM, mesmo fiel, o poder de um prato feito com amor. Não é?


Risotto de Cogumelos

2/10/2019
O cliché, todos sabem o que é cliché mas quase todos caímos no mesmo registo, no registo dos outros, sem querer seguimos mais uma vez os clichés , regras e tradições ditadas pela sociedade, está na hora de dizer chega.

O Dia de São Valentim, vulgarmente conhecido por Dia dos Namorados não foge à regra.
As flores, os chocolates, as juras de amor, o ir jantar fora porque todos vão, as prendas, o obrigatório... O esperado, o óbvio.

Fugir do Cliché - Jantar fora no dia dos Namorados

Para quê e porquê? Primeiro a inflação característica do dia, saber que está tudo cheio obrigando-te a ter segundas e terceiras escolhas tipo universidade preferencial, mau serviço porque os empregados também queriam estar a jantar fora com os respectivos companheiros, comida mal confeccionada e adulterada, pormenores "embelezadores" para justificar o preço alto fora do normal. Já chegamos ao vinho? Aquela garrafa que queres que seja especial e vais pagar 3 vezes o preço normal.

Queres um jantar especial e um vinho especial?
Faz a diferença e faz tu o jantar em casa com a tua cara metade.
Bebem a(s) garrafa(s), não conduzem e logo a seguir ao jantar e às garrafas... Não há limites.

Em casa comes melhor, pelo menos sabes o que estás a comer, fica-vos muito mais barato logo podes apostar naquele ingrediente que tu não compras mais vezes, embora adores, é caro, não ouves conversas dos outros nem barulho, estás à vontade em casa...

Garanto-vos que se vão lembrar muito melhor deste programa do que aquele programa igual todos os anos.

O importante hoje aqui não é a receita, mas sim o conteúdo. O produto, processo, o cimentar de ideias, criar de um novo registo, um registo cada vez mais nosso e menos da "sociedade".

Trago-vos aqui então uma receita de Risotto de Cogumelos, um prato clássico para combinar ironicamente com o dia dos namorados mas com a certeza que este estará bem confeccionado, não adulterado e inflacionado.

Para terminar esta introdução que já vai longa e que apenas vocês os 5 vão ler, vamos terminar com um pormenor IMPORTANTÍSSIMO, nunca mas nunca devemos cozinhar com um vinho que não conseguimos beber.
Por isso mesmo este post teve como ajuda preciosa os Vinhos da Herdade do Peso - Colheita Branco 2017 e o Tinto Reserva 2015 para a confecção e para acompanhar a refeição, respectivamente.
Quanto à confecção usando um bom vinho vão notar toda a diferença e sentir a imponência e importância do vinho.
FIM AO USO DO VINHO DE PACOTE.

Ingredientes:
- 50gr de Manteiga Vegetal
- 75gr de Cebola (Chalotas se quiserem mesmo cumprir)
- 10gr de Lâminas de Alho (sem pedúnculo)
- 200gr Arroz p/ Risotto
- 200ml Vinho Branco
- 1lt Caldo Cogumelos
- 20gr Levedura Nutricional
- q.b. Cogumelos para saltear
- q.b. Cogumelos para grelhar
- q.b. Óleo Trufa
- q.b. Rebentos Alho

Caldo Cogumelos:
- 200gr Cogumelos Portobello
- 1lt Água

1- Levo ao fogo numa panela os cogumelos cortados aos cubos (irregulares) com a quantidade de água e deixo cozer bem. Neste caso a textura do cogumelo pouco importa, quero é a água transformada em caldo aromatizado de cogumelos.
2- Para intensificar o sabor trituro tudo.

Marinada para grelhar os cogumelos:
- 2 dentes de Alho
- q.b. Malagueta
- q.b. Tomilho
- q.b. Azeite
- q.b. Óleo Trufa

1- Num pilão coloco os sólidos (no vídeo, por causa dos nervos, coloquei o azeite e torna-se mais difícil de esmagar), esmago e depois coloco os líquidos.
2- Depois de virar os cogumelos na grelha é que tempero com sal, já sabem que o sal faz perder a água e nós não queremos isso.

Cogumelos Shiitake Salteados
- Cogumelos
- q.b. Azeite
- q.b. Lâminas de Alho
- q.b. Sal
- q.b. Tomilho

1- Aqueço bem uma frigideira e coloco um fio de azeite e de seguida os cogumelos.
2- Deixo saltear bem, coloco o tomilho e as lâminas de alho.
3- Dou umas voltas, tempero com sal e retiro do lume.

Risotto

Modo de Preparação:

1 - Vão ter de ver o vídeo. O Alho é assim.


O Alho é vosso!

Agora a sério... Se quiserem a receita mais devagar e detalhada podem ler aqui:
1- Numa panela a aquecer coloco a manteiga vegetal e adiciono a cebola para fritar ligeiramente.
2- Junto o alho e deixo fritar mais um pouco.
3- Coloco os shiitake laminados e deixo fritar bastante, mexendo regularmente, caramelizar é dar sabor.
4- Junto o arroz continuando a deixar fritar. Esta fritura é fulcral no processo de um bom arroz.
5- Após estar bem frito refresco com o Branco Colheita 2017 Herdade do Peso. Refrescar é fazer com que todos os sabores "colados" à panela resultante da caramelização anterior se "descolem". O vinho é importantíssimo no sabor de um bom risotto, dai insistir que usem um bom vinho. Nunca esquecendo a máxima de, um vinho que não serve para beber também não serve para cozinhar.
6- Nesta fase é importante estar sempre a mexer porque ajuda na libertação da goma do arroz, imprescindível num bom risotto.
7- Adiciono conchas de caldo esperando que esse mesmo caldo seja absorvido até repetir o processo.
8- Quando o arroz estiver quase no ponto, sempre al dente, trituro o caldo com os cogumelos que vai ficar ainda mais intenso em termos de sabor e vai conferir automaticamente uma cremosidade extra.
9- Tempero com sal e adiciono a levedura nutricional que lhe vai conferir aquele sabor "cheesy".
10- Retirar do fogo e servir imediatamente. O risotto não pode esperar por nós, sempre o contrário.

Notas:
Os cogumelos para guarnecer e os cogumelos em questão para o risotto são sempre possiveis de trocar e adequados à vossa escolha quer a nivel de gosto quer a nivel de carteira mas como mencionei o proposito deste post e terem uma refeição especial FEITA POR VOCÊS e automaticamente mais em conta do que se forem para aquela montanha russa de jantar fora neste dia especial. Vivam e sejam felizes.

Tarte de Abóbora

12/20/2018
Tarte de Abóbora, sou um fã de abóbora manteiga, a sua polivalência seduz-me imenso, qualquer que seja o que queiramos fazer com ela o resultado é sublime.
Tinha estas abóboras da Horta do Bairro e não sabia o que fazer com elas, até pensar em canela, até pensar em Natal e nesse momento o prato estava criado.

Bolo de Manga Banana

11/25/2018
Nestas últimas semanas a minha vida tem andado atarefada de um lado para o outro, o que me obriga a comer muitas vezes fora, saio de casa de manhã e só chego à noite.
Claro que os frescos que tenho em casa se não os consumo começam a estragar...